domingo, 13 de março de 2016

Prêmio Dardos

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Prêmio Dardos é uma espécie de selo virtual criado em 2008 pelo escritor Alberto Zambade, autor do blog Leyendas de “El Pequeño Dardo” El Sentido de las Palabras. Ele selecionou e indicou o selo a quinze blogs que ele considerou merecedores do prêmio, os quais também indicaram outros 15 e assim sucessivamente, criando uma imensa corrente na internet.
O objetivo do Prêmio Dardos é reconhecer os esforços de blogueiros, a cada dia, para transmitir princípios culturais, éticos, literários, pessoais etc., manifestando a criatividade através de seus pensamentos presentes em suas palavras e textos.
Regras do Prêmio Dardos
Indicar os blogs que preencham os requisitos acima para receber o prêmio.
Exibir a imagem do selo.
Mencionar o blog de que recebeu a indicação e pôr o link dele.
Avisar aos blogs escolhidos.
Indicações para:

Indicado por Marli Fiorentin do Blog Varal de Poesias

Professora Marli, fiquei imensamente feliz por sua indicação. Sempre que posso estou aqui colocando minhas impressões sobre a vida e o mundo que me cerca. Acho maravilhosa essa iniciativa de valorizar os blogs. Assim como você, criei o meu blog despretensiosamente. O meu blog é um menino aprendendo a caminhar. 
Mais uma vez agradeço. Sinto-me honrada por estar em sua lista de indicações. 

Franciscos da minha vida, de muitas vidas.


Hoje, O Papa Francisco, sucessor de Bento XVI, celebra 3 anos de pontificado. Em sua celebração, sobre o Evangelho do dia, pediu-nos que deixemos cair por terra cada pedra que preparamos para atirar contra os outros, que saibamos olhar antes os nossos pecados.

Uma boa recordação. Um dia 13 diferente. Foi assim esse dia em março de 2013. Pela chaminé da Capela Sistina a fumaça branca anunciou: “Habemus Papam”: Temos um Papa. A Luz do Espírito Santo já aquecia os tantos corações que aguardavam aquele a quem, antes de todo o clero, Deus escolheu para ser exemplo de bondade. E, na varanda, Jorge Bergoglio, surgiu com seu jeito simples e alegre.  Em seu olhar a boa nova e a esperança introduziram o discurso. Um discurso amoroso e bem humorado. Um pedido de oração. Um desejo de que a jornada seja frutuosa e no caminho haja fraternidade, paz e bem. 

Foi uma surpresa para mim, e sei que para o mundo inteiro, o nome escolhido pelo Papa. Francisco - Ah, que beleza! Uma linda homenagem à bondade, à beleza e à ousadia de nosso São Francisco de Assis. Mais um Francisco para a minha vida e para a vida de muitos. Um Francisco da Argentina, do Brasil e do mundo inteiro. Nesse mesmo ano (2013) li a uma entrevista, onde o Papa explicou a Scalfari, fundador do jornal La republica, sobre a escolha do nome e sobre os Santos que estão mais próximos de sua alma, Agostinho e, sem dúvida, Francisco. Falou da grandeza de São Francisco, a grandeza de seu amor pela natureza, pelos animais e pelas gentes. Um poeta. Um profeta. Um homem que soube reconhecer o mal em si mesmo e lutou para superá-lo. Para ele, São Francisco carregava a luz do Amor ágape. A escolha desse nome não foi em vão. Papa Francisco tem sido um belíssimo exemplo. A sua simplicidade é surpreendente. Um Papa que quebra os protocolos e vai até o povo, que senta à mesa para uma refeição com aqueles que são julgados menos importantes, que faz um telefonema a quem necessita de palavras de conforto, que olha por aqueles que vivem desamparados, que anuncia a ternura e a bondade como um caminho a Jesus. Um semeador de paz e esperança. Um construtor de pontes. Um homem capaz de ir além das religiões. Um coração que compreende a importância da fraternidade. Um coração que sabe que somos todos irmãos, diferentes, mas iguais. Filhos do mesmo Pai. Encantei-me com o seu jeito único de acolher, de cuidar, de dar passos firmes. Relembra-nos, também, que temos uma Mãe Amorosa que nos ensina a transmitir as maravilhas de Seu Filho às pessoas que encontramos pelo caminho. Ensina-nos que Deus nunca se cansa de perdoar. E que devemos aprender a abrir o coração para a Paz e o Bem desejados por São Francisco. A Paz e o Bem que é de Cristo. A Paz e o Bem que traz o compromisso de Amar. Pois na Paz e no Bem não há desrespeito, orgulho, egoísmo, há somente corações dispostos à mudança, ao amor, à mansidão e à humildade. Amorosos sim. Firmes também. Era assim, de um jeito diferente, que São Francisco que pensava, sentia e agia.
O mundo precisa de mais Franciscos e Franciscas, que não tenham medo de colocar os pés no chão e caminhar, de ousar, de alcançar corações. Que não tenham medo da ternura e nem da bondade como anuncia o Papa. Franciscos e Franciscas dispostos a restaurar a igreja humana.
Já conhecemos a missão de Francisco. Uma missão que é nossa também.


♫♪ “Ofertamos ao Senhor, o sonho que Francisco mandou...” ♫♪

sábado, 9 de janeiro de 2016

Caminhemos...

 



         Tenho refletido sobre os momentos de dificuldades que, às vezes, vivemos. A vida é um movimento constante. Subidas, descidas, curvas e paragens. No percurso, apostamos em projetos, causas, sonhos, relacionamentos... Tudo depende de nós, do quanto regamos, do quanto nos dedicamos e da verdade que colocamos em tudo que fazemos. Mas não somos autossuficientes e, portanto, apostamos também em pessoas. Sabemos que algumas pessoas têm coração, outras só razão. Outras, não têm nada. São vazias. Frias. Nada melhor do que o tempo para revelar esses detalhes e lapidar nossas percepções. O tempo ensina que, vez em quando, o céu escurece. Às vezes, os erros são nossos, porque tomamos decisões que acreditávamos ser a melhor para o nosso crescimento ou para o bem dos outros. Acontece. Somos humanos. Há situações de perdas que parecem arrancar um pedaço de nós, a alegria desaparece e as lembranças latejam, como diz Chico Buarque em uma canção:  "Oh, pedaço de mim / Oh, metade amputada de mim / Leva o que há de ti / Que a saudade dói latejada / É assim como uma fisgada / No membro que já perdi". Apesar de tudo, é preciso seguir em frente, bravamente. É assim que deve ser.
         Cada um de nós tem uma forma única de agir e reagir diante dos momentos em que o nosso interior pede uma força maior, pede um movimento diferente. Momentos em que somos retirados do território onde nossos pés sentem-se seguros, onde sentimos o suave perfume da tranquilidade. Gostamos de segurança, de lutas justas, de desafios saudáveis, de gente que caminhe de mãos dadas conosco. Infelizmente, no caminho há trechos árduos... pedras, armadilhas, obstáculos. Sofremos porque nos decepcionamos, nos machucamos com a perda de algo ou alguém. Como é amargo o sabor da decepção... Como são dolorosos os tropeços... A princípio, não compreendemos o que acontece. E questionamos. Tudo acontece por uma razão. Devemos refletir sobre nossas apostas, sobre as dificuldades e decepções. Quando finalmente o entendimento chega, agradecemos pelo momento duro que passou. Assim, descobrimos que as dificuldades servem de mola propulsora para o nosso crescimento e amadurecimento, para que passos mais largos sejam dados, para que novas portas se abram.
          Não fiquemos à beira do caminho, empoeirando os olhos. Há momentos de glória e felicidade que esperam ser alcançados. Voltemos os nossos olhos para o Céu. Calcemos as sandálias da fé. E, vestidos de esperança, caminhemos.

Sob o sol ou sob a chuva, caminhemos.
Apesar dos obstáculos, caminhemos. 
Pois entre as pedras encontraremos flores.